Orientação para Alimentação Saudável

imagem:Bowl of fresh green salad hold in female hands, close up. Weight loss concept

Atualmente existem evidências científicas de que uma alimentação adequada e saudável impacta diretamente na prevenção de mortes prematuras e doenças, principalmente as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) como diabetes, hipertensão, obesidade e outras, deixando estreita a relação alimentação e saúde.

A alimentação deve estar relacionada a um contexto amplo e não somente ser destinada para saciar a fome. O alimento permeia diversos momentos de nossas vidas como comemorações, encontros, reuniões, trabalho e, por si só não deve estar centrado ao valor monetário, ou seja, uma alimentação adequada e saudável não precisa necessariamente custar caro.

A nova versão do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado pelo Ministério da Saúde em 2014, é uma ferramenta que traz recomendações alimentares para que, o indivíduo ou o coletivo, possa adotar escolhas alimentares mais apropriadas, levando em conta as características regionais, etárias, culturais, sociais e biológicas. Este guia serve para incentivar e planejar uma alimentação saudável no dia a dia e nortear as escolhas alimentares promovendo a saúde através da alimentação.

O tipo de processamento pelo qual o alimento passa até chegar em nossas mãos determina ou influencia o sabor, os nutrientes presentes, substâncias adicionadas, validade para ingestão, forma ideal de consumo, quantidade e o impacto social e ambiental. Para facilitar a escolha e entendimento dos alimentos, o Guia traz 4 tipos de classificação para eles: in natura, minimamente processado, processado e ultraprocessado.

Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou animais.
Não sofrem qualquer modificação da natureza, ou seja, preservam o estado inicial. Os alimentos in natura devem ser a base da alimentação e devem estar em todas as refeições. Importante não esquecer de dar preferência aos produzidos localmente e no período de safra pois são mais baratos, saborosos e com melhor qualidade comparado aos demais.

Os alimentos Minimamente Processados são os alimentos in natura que passam por processos importantes, como remoção de partes não comestíveis ou indesejadas, fermentação, pasteurização ou congelamento para chegarem com qualidade até nós, mas que não perderam suas características iniciais.

Estas alterações são mínimas e não recebem sal, óleos, açúcar, gordura e nem outros ingredientes. Temos como exemplo o arroz, que passa por um beneficiamento ou hortaliças que só recebem a higienização e são imediatamente congeladas, fracionadas ou embaladas.

Ainda temos os Ingredientes Culinários que são extraídos de alimentos in natura ou outras fontes da natureza e são usados para criar ou somar
preparações culinárias. São exemplos: azeite, óleo, açúcar e sal. Devemos
usar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos.

Alimentos Processados são aqueles que recebem os ingredientes culinários para durarem mais tempo em suas técnicas de fabricação como o cozimento, fermentação, salmoura, entre outras. Neste grupo estão os alimentos em conserva como a cenoura, o pepino e as ervilhas, o extrato ou o concentrado de tomate, as frutas em calda, a carne seca, a sardinha e o atum enlatado, os queijos e os pães quando feitos com farinha de trigo, fermento, água e sal.

Para finalizar temos os Alimentos Ultraprocessados que são formulações industriais à base de ingredientes extraído ou derivados de outros alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido modificado etc.) ou ainda sintetizados em laboratório (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor etc.). Uma característica deste tipo de alimento são as listas de ingredientes extensas, acima de cinco itens, ingredientes quase nunca conhecidos com função de estender o prazo de validade, melhorar sabor e textura. Quando possui alimentos in natura ou minimamente processado em suas listas de alimentos, estão quase sempre em quantidade muito reduzidas.

Exemplos deste grupo são as bolachas, os cereais matinais, as sopas e o macarrão instantâneo, os salgadinhos de pacotes, as bebidas energéticas, alguns produtos congelados e prontos para aquecimento como a lasanha, a pizza, os nuggets, os pães e as bolachas em que em sua lista de ingredientes contenha gordura vegetal hidrogenada e outros. Seu consumo tende a limitar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, favorecendo o consumo excessivo de calorias, atrapalhando a sensação de saciedade e favorecendo o ganho de peso, aumentando assim, o risco de doenças crônicas e deficiências nutricionais.

Faça escolhas assertivas! Utilizando os alimentos in natura e minimamente processados como base de sua alimentação e evitando os alimentos ultraprocessados. O Guia Alimentar está disponível gratuitamente. Baixe o Guia e use-o para auxiliar nas escolhas alimentares adequadas e saudáveis!

Fonte:
Guia alimentar para a população brasileira / ministério da saúde, secretaria de atenção à saúde, departamento de atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : ministério da saúde, 2014. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf

Autoras:

Nutricionista Joselma Rodrigues dos Santos (CRN 51546)

Nutricionista Ariana Tito Rodrigues (CRN 68028/P)

Nutricionista Keren Regina da Silva (CRN 50739)

Nutricionista Cristina de Barros Naves Ribeiro (CRN 62073)

Nutricionista Adriana Machado Saldiba de Lima (CRN 18133)